"O Ministério da Justiça vetou a reprise de “Mulheres
de Areia” no horário da tarde na Globo. Exibida originalmente na faixa
das 18h há mais de 19 anos, a trama recebeu uma reclassificação, ficando
imprópria para menores de 12 anos.
Agora, a novela não poderá mais ser exibida antes das 20h. Isso muda
os planos da emissora de, no futuro, voltar a reprisá-la no “Vale a Pena
Ver de Novo” (como aconteceu entre 1996 e 1997 e de setembro de 2011 à
março desse ano).
Segundo o jornalista Daniel Castro, o órgão justifica a
reclassificação após o término da última reprise para “prevenir danos a
crianças e adolescentes em possíveis exibições futuras”, e ainda
completou afirmando que “desde a primeira exibição da obra (…), a
política pública de classificação indicativa se constituiu com intensa
participação da sociedade e hoje tem critérios e métodos claros e
definidos”.
Apesar de ter alterado a abertura original na última reprise – que exibia cenas de nudez da atriz Monica Carvalho -, com a última reclassificação,
hoje, a emissora não poderia produzir a novela nem para o horário das
seis, tampouco para o das sete."
Mulheres de Areia contava a história das gêmeas Ruth e Raquel e foi exibida, originalmente, às 18 horas. Uma grande obra prima da novelista Ivani Ribeiro (1922-1995).
Eu assisti à novela em 1993, quando tinha 6 anos de idade e posso garantir que não sofri nenhum dano. Não entendo agora, esse moralismo todo do Ministério da Justiça, se preocupando com programações quando a verdadeira preocupação para com as crianças deveria ser unica e exclusivamente a educação. A programação televisiva, o que uma criança pode ou não assistir deveria ser assunto apenas dos pais.
Assisto novelas desde meus quatro anos. Minhas lembranças são muito remotas, vagas, mas nunca tive problemas com isso. Assisto a todos os tipos de novelas, com beijos, insinuações de sexo e violência nem por isso sai por aí matando pessoas, explodindo shoppings e tantas outras coisas que vemos em novelas e que, segundo o MJ, podem influenciar alguém.
Vendo cada vez mais noticias desse tipo, me pergunto: Ministério da Justiça ou Censura camuflada?
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