quinta-feira, 24 de maio de 2012

Jogos Vorazes e sua crítica à atual sociedade...



Imagine um país comandado por um regime totalitário, onde os poderosos mandam e desmandam à vontade e quem se opõe a eles sofrem as piores - e mais torturantes - penas. Real? Pode ser. Mas esse país se chama Panem, um país fictício "criado" onde antes era a América do Norte, na trilogia de Suzanne Collins - Jogos Vorazes, Em Chamas e A Esperança.

Na trama, após a destruição da América do Norte, foi criado o tal país, chamado Panem. Ele foi dividido em 13 distritos além da capital, que comanda com braços de ferro todos eles. Mas em um determinado momento, o Distrito 13 se rebelou iniciando uma guerra. a Capital destruiu o Distrito 13 e como pena, instaurou os Jogos Vorazes. Uma competição onde, todos os anos, são sorteados dois "tributos"- um menino e uma menina - entre 12 e 18 anos de cada Distrito. Levados a uma arena, os 24 competidores são obrigados e, literalmente, lutar pelas suas próprias vidas. É matar ou morrer. O último que permanecer vivo, é o vencedor.

Nesse cenário conhecemos Katniss Everdeen, uma jovem que se voluntaria a participar do jogo quando sua irmã Prim é sorteada.


Mais do que um livro de entretenimento, Jogos Vorazes e sua saga pode - e deve - ser visto também como uma crítica à atual situação em que se encontra a sociedade mundial. Muito me lembra a Política do Pão e Circo, criada pelo imperador Otavio Augusto, que provia alimentos e diversão ao povo, com o objetivo de atenuar a insatisfação popular contra os governantes. A diversão, no caso, eram as batalhas sangrendas entre Gladiadores, animais ferozes e pessoas, jogados dentro de uma arena onde batalhavam pela própria vida.
No livro, a forma como tudo acontece, remete - e muito - a essa política, já que os Jogos sãos transmitidos ao vivo pela televisão para que todos os Distritos assistam e vejam seus filhos lutando pela prória vida, matando, ou morrendo.

O livro me remete também a outra coisa. A banalidade em que se transformou a violência. Assistimos todos os dias na televisão programas que tratam a violência como uma coisa normal, que a usam como pauta principal - ou única - na guerra pela audiência. Além do vicio por saber da vida alheia, o desrespeito com a intimidade do próximo. Não existe mais privacidade. E o livro faz uma boa crítica a esses assuntos.

Para quem gosta de uma boa história, que vai além do "romance-impossível-entre-mortal-e-imortal", ler Jogos Vorazes será um verdadeiro presente a você. É um livro mais do que recomendado.

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