Eu estava aqui, pensando no que falar nessa nova postagem.
Eis que me pego assistindo - quase todos os dias - à novela "Mascaras" da Record, escrita por Lauro César Muniz.
Em sua terceira semana de exibição, Mascaras apresentou uma trama cheia de reviravoltas, temas pesados como a depressão pós-parto e rejeição ao próprio filho que acometeu a protagonista Maria, vivida por Miriam Freeland, o sequestro sofrido pela mesma, um descasamento, personagens muito misteriosos, tramas ainda obscuras para o grande público.
A audiência repercutiu, e aos poucos, assim como as "máscaras que cairiam", anunciadas nos teasers da novela, a record viu a audiência de sua principal novela cair. Mas não é de números que vim falar. E sim da novela em si.
Apesar de todos os problemas, Lauro César Muniz demonstra ter total domínio sobre sua novela, seus personagens. Seu texto também, vem inspiradíssimo. As tiradas, as piadas que o autor coloca na boca de seus personagens são muito boas.
Outro detalhe do texto é a crtítica e as referências à política nacional e internacional. E não há nada por debaixo dos panos. Tudo é falado ali, às claras.
Mas não se pode falar de Máscaras sem falar do que realmente chama a atenção. A bela participação de Paloma Duarte. Filha de Débora Duarte e neta de Lima Duarte, não podia ser diferente em relação a talento. E isso ela tem de sobra. E está esbanjando com sua personagem "sem nome" que, assim como todos os outros, esconde suas origens atrás de máscaras.
Infelizmente o horário, muito tarde, não ajuda. Mas Máscaras é uma novela interessante, que pode entreter ao público se mantiver esse clima de suspense, entremeado com um pouco mais de comédia - que é o que falta a uma trama pesada como essa - para dar um contraste.
E que Lauro César Muniz não nos decepcione...
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